sexta-feira, 29 de novembro de 2024 | 10:42:01

Equipamentos de refrigeração e climatização de baixa eficiência energética ou com a falta de manutenção preventiva, contribui para o aumento da despesa com a energia elétrica.

O setor de comércio de alimentos é o segundo maior consumidor de energia elétrica devido ao sistema de refrigeração, que fica funcionando 24h por dia para conservar os alimentos. A climatização do ambiente para o conforto dos clientes também contribui para o aumento do consumo, pois é, em geral, de grande capacidade. Fonte: site Ecom Energia.

Com o intuito de “produzir frio” com menor consumo de energia, é necessário investir em equipamentos eficientes. Segundo o benchmarking de consumo de eletricidade, feito pela Fatec Botucatu, “no Brasil em 2011 existia no setor alimentício aproximadamente 182 mil estabelecimentos. São comércios alimentício de pequeno porte, dos quais faltam meios para investir em eficiência energética em seus comércios”.

Para os estabelecimentos de pequeno porte, resta investir na manutenção preventiva para diminuir a despesa com a conta da energia elétrica.

Vagner Possani, docente do curso de câmara frigorífica do SERAE, concorda que a maior despesa com a conta de energia elétrica dos ambientes comerciais e industriais como: supermercados, restaurantes, açougues e indústrias alimentícias é com o sistema de refrigeração.

“Os maiores consumidores de energia elétrica nos comércios e indústrias de alimentos são os equipamentos de refrigeração utilizados para a conservação de produtos perecíveis e os da climatização para conforto dos clientes”, afirma o docente.

Segundo Sidney dos Santos Bento: “Os equipamentos de refrigeração com trocadores de calor sujos ou com pequena deficiência de fluido refrigerante aparentemente funcionam bem, no entanto, consomem muita energia elétrica comparados com um equipamento com manutenção periódica bem executada.”

A ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento, apresentou um relatório com os gastos em manutenção, custo capital e energia elétrica.

  • Manutenção 10%
  • Custo capital 15%
  • Energia elétrica 75%

Analisando estes gastos, percebe-se a importância de manter os sistemas de refrigeração operando com a máxima eficiência energética, ou seja, produzir “frio” com menor consumo de eletricidade.

Marilon Barbosa, docente de refrigeração do SERAE afirma: “A manutenção em si não traz economia de energia, apenas evita um consumo maior do que já foi previsto. O equipamento irá consumir a energia para realizar o trabalho para que foi fabricado.”

“Revisar os componentes e conexões elétricas garante que não haja fuga de energia, fazer a higienização garante as trocas térmicas e por isso, o motocompressor não ficará ligado mais tempo que o necessário. A manutenção preventiva evitará o desperdício de energia.”, concluiu a docente.

Wagner Marins, instrutor do curso de Split do SERAE, concorda com a Marilon: “Equipamentos com a manutenção em dia, limpos, com borneiras e contatos elétricos em boas condições proporcionam o trabalho dentro dos parâmetros estabelecidos de projeto evitando desperdício de energia elétrica.”

“Uma máquina com a unidade condensadora suja ou com o ventilador da condensadora com baixa velocidade fará com que a pressão na linha de descarga suba, aumentando assim o trabalho e consequentemente o consumo de energia elétrica.”, afirma Wagner Marins

Um mercado pequeno com sistema com capacidade de 30.000kcal/h de resfriados e 15.000kcal/h de congelados trabalhando equilibrado em boas condições termodinâmicas consome em média 20.500kw por mês, o que custa aproximadamente R$ 15.450,00 de energia elétrica.

Este sistema trabalhando com valores de superaquecimento e sub-resfriamento fora do especificado, ou seja, condições termodinâmicas desfavoráveis, pode atingir até 25% de perda no rendimento o que custará ao usuário um acréscimo de R$ 3.850,00 na conta de energia elétrica, além do risco de quebra dos compressores.

Vagner Possani relata que a manutenção preventiva bem executada vai muito além das limpezas dos trocadores de calor: “Na manutenção preventiva devem ser observados pontos importantes do sistema como a medição do superaquecimento e sub-resfriamento para que o equipamento funcione com seu máximo rendimento gerando menor consumo de energia elétrica e falhas nos compressores, fazendo com que a vida útil atinja o seu maior valor.”

Sidney dos Santos Bento afirma que para a execução perfeita de uma manutenção preventiva o técnico deve estar capacitado: “É importante que os técnicos de refrigeração participem de cursos de qualificação e tenham conscientização das boas práticas na manutenção desses sistemas”

 

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