terça-feira, 26 de novembro de 2024 | 22:29:55

As mulheres brasileiras ganharam 20% a menos do que os homens em 2022, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); o relatório sobre paridade de gênero do Fórum Econômico Mundial, divulgado em 2021, aponta que a igualdade de gênero só será alcançada globalmente em 136 anos; segundo o estudo, quando se trata de posições de liderança, só existirá igualdade entre os gêneros em 268 anos.

A fim de acelerar a conquista da paridade, a Quod, empresa especializada em análise estratégica de dados, lançou uma iniciativa com foco no desenvolvimento de liderança feminina. A companhia, que busca atingir a equidade, tem oferecido encontros periódicos a gestoras e profissionais nas posições de especialistas e analistas sênior. O objetivo do programa é discutir experiências e vivências de mulheres em posição de gestão e ideias para um ambiente mais igualitário. Entre os temas abordados durante os encontros estão a liderança situacional e além do cargo, e âncoras de carreira. Na programação constam também troca de experiências, exercícios e dinâmicas em grupo.

Além disso, a empresa implementou um programa interno que presta o mesmo tipo de serviço para analistas, executivas pleno e júnior e estagiárias. “Não tem sido fácil trazer mulheres já prontas para os cargos de gestão. Por isso apostamos na estratégia de formação da liderança feminina desde a base. Resolvemos estender a iniciativa para jovens e profissionais que estão iniciando a carreira”, explica Priscila Serpa, Diretora de Gestão de Pessoas e Cultura da Quod. “Até a conclusão do programa, pretendemos impactar 107 colaboradoras”, afirma Priscila. 

Ao assumir um compromisso com a necessidade de mudança e equilíbrio na empresa, a Quod, que atualmente conta com 74% de homens na liderança, espera equilibrar esse quadro em até 3 anos. “No tier de especialistas/coordenadores, que antecede os cargos de liderança, já temos quase um equilíbrio, com 46% de mulheres. Trabalhando firme neste grupo, estou confiante que as próximas gerações de líderes da Quod terão uma presença muito mais equilibrada no quesito gênero”, completa a executiva.

Uma das lideranças femininas dentro da Quod, Jennifer Kung, gerente de analytics, lembra que essa desigualdade entre gêneros é bastante forte em setores ligados à tecnologia. “Somos bastante cobradas pela sociedade, muitas vezes julgadas pelo estereótipo de “sexo frágil”, logo somos vistas como menos aptas a assumir cargos de liderança. Precisamos nos provar muito mais para poder assumir essas posições e é por isso que leva mais tempo para uma mulher chegar nestes cargos”, ressalta a executiva. “Com a iniciativa, a Quod pretende encarar esse problema e se compromissar com mudanças”, conclui.